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Por Thatylla

Centro de Referência do Autismo contará com atendimentos multidisciplinares em um único local

A cerimônia de inauguração contou com a presença de prefeitos e secretários de Saúde da região, autoridades municipais, profissionais da área e famílias de autistas

Por Thatylla

Foto: Mari Carla Giro e Tatiana R. Petti./PMI

Da Redação

A Prefeitura de Itatiba, através da Secretaria de Saúde, inaugurou na tarde de ontem, dia 26, o Centro de Referência do Autismo de Itatiba (CAI), uma nova perspectiva para suporte às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Realização do Programa Inova Saúde, o novo Centro reúne atendimento multidisciplinar em um só local, instalado na Rua Dr. Luiz de Mattos Pimenta – 261, Jardim Cel. Peroba.

Em cerimônia que contou com prefeitos e secretários de saúde da região, autoridades municipais, profissionais da área e famílias de autistas, o prefeito Thomás Capeletto de Oliveira celebrou a conquista. “É um marco para a saúde de Itatiba, com esse investimento de mais R$ 1milhão anuais. Num local totalmente preparado para atender e acolher, que vai trazer uma melhor qualidade de vida para centenas de pessoas com autismo e suas famílias”, disse.

O CAI se destaca pela equipe multidisciplinar, que tem profissionais especializados, como neuropediatra. Também haverá atendimento integral de terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, psicólogo, psicopedagogo, educador físico, neurologista infantil e psiquiatra, todos com foco no autismo.

Centro de Referência do Autismo de Itatiba serão atendidos tanto crianças quanto adolescentes e público adulto, bem como familiares/responsáveis de um, proporcionando uma inclusão fundamental para evolução e progressão dos autistas.

O Centro conta com seis salas, inclusive uma de terapia ocupacional (TO) equipada com spider – um combo de equipamentos suspensos para interação e estimulação sensorial – além de sala de atividades cotidianas, para estimular a execução de atividades do dia a dia, como arrumar a cama.

Com um investimento de mais de R$ 1 milhão por ano, o CAI atenderá inicialmente 60 pessoas por mês, com potencial de expansão para atendimento de 200 pessoas mensalmente.

 “O CAI vem para revolucionar o atendimento de quem têm TEA. Aqui vamos oferecer atendimento multiespecializado e diversificado. Os que chegarem terão avaliação com profissionais para serem identificadas as terapias necessárias a cada atendimento - sendo até 16 terapias por mês. Estamos iniciando com 60 - já ampliando para 75 e, aos poucos, vamos aumentando e trazendo mais crianças para este atendimento tão especializado”, ressaltou o secretário de Saúde municipal, Renan Dias Irabi.

Primeiros atendimentos

Antes mesmo de abrir as portas, o CAI já começou as triagens e inicia os primeiros atendimentos já nesta semana. Aline Bergamin, mãe da Ana Júlia Bergamin Traúsula, de 2 anos e meio de idade, está entre eles.

Ela teve o diagnóstico da filha, bem como o início de tratamento, todo por meio da rede pública de saúde – inicialmente no posto de saúde do Jardim Galetto, depois CAC – Centro de Atenção à Criança - e também Apae de Itatiba.

 “Quando surgiu a informação do CAI fui nas reuniões da Prefeitura, e ela já foi chamada para fazer avaliação. Fiquei muito contente, pois hoje ainda tem muita gente que não entende ou finge não entender o autismo. Depois que comecei o tratamento pela prefeitura (ainda no CAC), a evolução da Maria Julia já está num 80% melhor, ela começou a falar e agora está desenvolvendo a fala. Agora o CAI representa não só uma terapia, mas integração de fato na sociedade, que é o que minha filha precisa”, diz, celebrando a conquista.

Porta de entrada para o CAI

O atendimento começa através do serviço Atenção Primária, nas UBSs, em atendimento pediátrico ou clínico. O paciente passa por triagem no CAC e, quando indicado, será direcionado ao CAI.

 Para o primeiro agendamento, a equipe do CAI entra em contato para comunicar a avaliação. Após a consulta, a equipe multiprofissional começa a preparar a sequência com as demandas de acordo com o diagnóstico, que pode levar várias sessões para ser concluído, de acordo com as necessidades de cada um.

Antes mesmo da inauguração, a Secretaria de Saúde já chamou 75 pacientes da lista de espera para avaliação. Os demais, têm sido orientados a seguir com tratamento na rede de suporte já existente.

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