Casos de receptação disparam na região e Justiça recebe quase 500 novos processos
Foto: Arquivo EPTV
O número de processos na Justiça envolvendo crimes de receptação disparou no ano passado nas cinco maiores cidades da região de Campinas. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que, enquanto em 2023 haviam sido registrados apenas 106 novos processos, em 2024 o total saltou para 495 – um aumento de quase cinco vezes.
A receptação ocorre quando alguém compra, recebe, guarda ou transporta produtos de um crime, como furtos e roubos. Em muitos casos, essa prática incentiva novos delitos, como explica o policial militar Alexandre Hoio.
O impacto desse crime é sentido diretamente por vítimas como Elias Aparecido, morador do Jardim Minesotta, em Sumaré. Ele teve a caminhonete furtada – um veículo que possuía há 40 anos e utilizava para complementar a renda. Agora, ele aguarda na Justiça a chance de recuperar o bem.
Além da alta no número de processos, a Polícia Militar também registrou um aumento no combate ao crime. No ano passado, 967 pessoas foram presas por receptação na região de Campinas.
Segundo o advogado criminalista Gustavo Queiroz, existem diferentes tipos de receptação, variando de casos em que a pessoa compra um produto sem saber que é roubado até situações em que há intenção clara de lucrar com objetos furtados.
Os dados do CNJ mostram que, entre 2020 e 2022, o número de novos processos nas cinco maiores cidades da região se manteve na média de 300 por ano. Em 2023, houve uma queda acentuada para 106, mas o cenário mudou drasticamente no último ano, mostrando o desafio para a segurança pública e o sistema de Justiça. Além dos novos processos, há ainda 1.343 casos pendentes para julgamento em 2024.
* com informações da Rádio CBN Campinas
