Câncer de mama e do colo de útero são os mais comuns entre as mulheres
A realização de exames clínicos de rotina é a melhor forma de prevenir qualquer tipo de câncer ginecológico
Foto: Reprodução
Da Redação
Com objetivo de alertar mulheres para a importância do diagnóstico precoce, o mês de setembro é destinado à conscientização do câncer ginecológico. Entre os tipos mais comuns estão: câncer de mama, colo de útero, endométrio e de ovário.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram estimados, por ano, cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama; 16.710 novos casos do colo de útero; 6.650 novos casos de câncer de ovário; e 6.540 casos, por ano, de câncer endométrio.
Principais sintomas
Em entrevista ao Jornal de Itatiba, a médica oncologista clínica dra. Eliana Aleixo da Rocha Pereira explicou como são os principais sintomas de cada câncer ginecológico.
- O câncer de mama apresenta alteração da textura da pele da mama, saída de secreção pelo mamilo, inversão do mamilo e nódulo em mama.
- No útero, segundo a médica, raramente há sintomas e quando aparecem podem ser em forma de dor durante relação sexual, dor pélvica e sangramento irregular.
- Também é raro sintomas no câncer de ovário, quando ocorrem são: aumento de volume abdominal e dor no mesmo local.
- Na neoplasia endométrio, o sintoma mais comum é sangramento vaginal após menopausa, dor pélvica e sangramento fora do normal entre os períodos menstruais.
Prevenção
A médica aconselha sobre a prevenção do câncer ginecológico. No caso do câncer de mama, o ideal é a realização de exames clínicos das mamas pelo ginecologista em consulta de rotina, autoexame das mamas, ultrassom de mamas anual – mulheres após os 40 anos – e mamografia anual – após 50 anos, segundo recomendação da OMS.
Para o câncer de útero: vacinação contra HPV – o SUS oferece para meninas de nove a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos -, realização de exames ginecológicos rotineiros, Papanicolau anual – mulheres que já iniciaram atividade sexual – feito dos 25 aos 64 anos.
Câncer de ovário e endométrio: realização de atividades físicas, controle de peso – evitar obesidade – e dieta saudável.
Fatores de risco
Segundo a especialista, os fatores de risco do câncer de mama são o uso prolongado de terapia de reposição hormonal e/ou anticoncepcional oral; não amamentação, obesidade e presença de mutação genética.
Câncer endométrio: a incidência aumenta após os 50 anos; obesidade, dieta rica em carboidratos, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, história de síndrome de ovários policísticos e realização de reposição hormonal.
Câncer de ovário: o risco aumenta com envelhecimento, obesidade, histórico de infertilidade, menarca precoce, presença de mutações genéticas do tipo BRCA1 e BRCA2.
Câncer de colo de útero: início de atividade sexual precoce, múltiplos parceiros, tabagismo – relação direta com a quantidade de cigarros – e uso prolongado de anticoncepcional oral.
Tratamento
Dra. Eliana explica que os cânceres ginecológicos são tratados por equipe multiprofissional. “A definição de tratamento se inicia na biópsia, seguido por exames de avaliação para saber a extensão da doença. Quanto mais precoce, maior a chance de cura”, comenta a médica.
No caso do câncer de mama, no geral é realizada cirurgia da mama, seguida de quimioterapia ou tratamento com hormônio terapia e radioterapia. Se detectada precocemente, a taxa de cura é de 95%.
Com câncer de ovário é realizada quimioterapia e, logo após, cirurgia. No caso do endométrio, inicia-se com cirurgia e, depois, quimioterapia com radioterapia ou apenas radioterapia. Já com o câncer de útero é realizada cirurgia, radioterapia e quimioterapia.