Brasil fica em 1º lugar, entre 28 países, em ranking dos que mais sentem solidão
Metade dos entrevistados brasileiros (50%) declarou se sentir sozinha e 52% disseram que sentimento aumentou nos últimos 6 meses
Foto: Reprodução/ANAD
A solidão tem sido um sentimento recorrente para metade da população do Brasil. De acordo com o levantamento Perceptions of the Impact of Covid-19, realizado pela Ipsos com pessoas de 28 países – sendo mil brasileiros –, 50% dos respondentes locais afirmam se sentir solitários. Dentre todas as nações, é o maior índice. Em segundo lugar, estão os turcos (46%) e, em terceiro, os indianos (43%). A média global é de 33%. Na contramão do Brasil, os respondentes da Holanda (15%), do Japão (16%) e da Polônia (23%) são os que menos se sentem sós.
A sensação de solidão aumentou no último semestre, segundo 52% dos brasileiros. Já na média de todos os países, 41% das pessoas disseram que se tornaram mais solitárias nos últimos 6 meses. Para 43% dos respondentes no Brasil, o último semestre gerou impacto negativo em sua saúde mental. Por outro lado, 1 em cada 5 (21%) declarou que o impacto foi positivo.
Globalmente, considerando todos os participantes da pesquisa, 40% relataram impacto negativo dos últimos 6 meses no bem-estar mental e 22% relataram um impacto positivo. Os países com maior impacto positivo foram Peru (47%), México (44%) e Índia (42%). Já Canadá (54%), Reino Unido (53%) e Hungria (52%) tiveram maior impacto negativo.
“O impacto da pandemia foi muito duro particularmente para os brasileiros - que se sentem muito mais solitários que a população nos demais países -, e não veem o resultado de longo prazo como positivo para sua saúde mental”, avalia Marcos Calliari, presidente da Ipsos no Brasil.
Apesar da solidão, a solidariedade está em alta
Mesmo com as pessoas se sentindo sozinhas, há uma percepção de que os membros das comunidades locais estão mais solidários uns com os outros nos últimos 6 meses. No Brasil, 36% concordam que a solidariedade aumentou. O índice global é de 32%. Os países que mais notaram crescimento na solidariedade foram China (55%), Índia (55%) e Arábia Saudita (51%). Em contrapartida, no Japão (10%), Rússia (13%) e Turquia (17%) a quantidade de pessoas que acham que o sentimento solidário cresceu no último semestre é relativamente menor.
A pesquisa on-line foi realizada com 23.004 pessoas com idade entre 16 e 74 anos de 28 países. Os dados foram colhidos entre 23 de dezembro de 2020 e 08 de janeiro de 2021 e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
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