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Por Thatylla

Brasil cai para a 124ª posição em rancking que avalia a facilidade para fazer negócios em 190 países

Ranking "Doing Business" tem 190 países e leva em consideração relatório do Banco Mundial

Por Thatylla

Lorena Rodrigues, AE

O Brasil recuou para a 124.ª posição no ranking Doing Business, que mede a facilidade de fazer negócios, depois de ter ocupado o 109º lugar na lista do ano passado, mesmo tendo registrado ligeira melhora em sua nota geral, segundo relatório divulgado pelo Banco Mundial.

No Fórum Econômico Mundial deste ano, em Davos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter como meta levar o País para o grupo dos 50 primeiros colocados até o fim de 2022.

“O resultado não foi nada bom para o Brasil. É algo para se lamentar e trabalhar para reverter”, afirmou o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, ontem, dia 24.

Ele disse que a pesquisa foi feita entre fevereiro e março e ainda não reflete medidas do governo Jair Bolsonaro. “O indicador reflete a devastação no ambiente de negócios nos últimos anos. Os governos anteriores não colocaram o ambiente de negócio como prioridade”, disse. “Se o Doing Business fosse feito hoje, já teríamos mudança significativa no ranking.”

Costa ressaltou que a reforma tributária poderá contribuir para uma melhora expressiva da colocação do Brasil ao reduzir o número de impostos e a complexidade no recolhimento. Ele assegurou que a proposta prometida pelo governo virá “em breve”. “É melhor esperar um pouco e ter uma reforma tributária mais sólida.”

O secretário acrescentou que o governo vem trabalhando com os Estados no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para reduzir a complexidade do ICMS.

Em nota divulgada para a imprensa, a secretaria comandada por costa afirmou que “a diminuição da taxa básica de juros a um nível recorde, a retomada da geração de empregos, a lei da liberdade econômica, a aprovação do cadastro positivo e a aprovação da reforma da Previdência são alguns exemplos de que o Brasil muda de rumo”.

O ranking analisa a facilidade de fazer negócios em 190 economias, com notas mais altas indicando que as regulações do ambiente de negócios são mais propícias ao empreendedorismo. No geral, a nota brasileira foi calculada em 59,1, sobre 58,6 no ranking anterior.

Em relação ao ano passado, houve mudança de metodologia no indicador de proteção de interesse dos minoritários, o que reduziu a nota do Brasil. Segundo Costa, o Brasil teria ficado em 120º lugar em 2018 por esse critério.

“A gente estava pior do que imaginava no ano passado, o que só retrata a urgência de melhorarmos o ambiente de negócios”, disse.

Apesar do resultado, Costa disse que o governo mantém o objetivo de chegar aos 50 primeiros do ranking até o fim do governo – o Brasil nunca esteve entre os 99 melhores colocados. “Não é impossível, a Índia avançou 60 posições nos últimos três anos. Precisamos de trabalho duro e vontade política”, completou.

Ele citou medidas como revisão da lei de falências, novo marco para recuperação judicial de pequenas empresas, mudanças para acelerar o processo de importação e abertura de empresas entre as medidas para melhorar essa colocação. “A reforma tributária terá impacto bastante significativo para a melhoria da colocação do Brasil”, completou.

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