Astrônomo diz que maior aproximação da 'Estrela de Belém' será amanhã
A conjunção planetária entre Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do Sistema Solar, poderá ser vista a olho nu, pouco após o pôr do sol, na direção oeste do céu noturno
Fonte: CNN
Foto: Foto: Nasa/GSFC
Um belo e raro fenômeno astronômico atingirá seu ápice no próximo dia 21 de dezembro e está sendo comparado à Estrela de Belém, que, segundo o Evangelho de São Mateus, guiou os três reis magos ao local de nascimento de Cristo.
A conjunção planetária entre Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do Sistema Solar, poderá ser vista a olho nu, pouco após o pôr do sol, na direção oeste do céu noturno. Quanto mais próximo da linha do Equador, mais visível será esse fenômeno que, segundo os astrônomos, não acontecia há cerca de 800 anos.
Segundo o astrônomo Rodolfo Langhi, professor do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Unesp (Universidade Estadual Paulista), a maior aproximação do fenômeno será amanhã, dia 21, mas já é possível ver os planetas, que aparecem como estrelas brilhantes, se aproximando no céu no início da noite.
“Vistos da Terra, esses planetas aparecem como estrelas brilhando no céu e, pelo fato de estarem girando em torno do Sol, vez por outra eles aparecem na mesma linha de visada do nosso ponto de vista aqui na Terra. Júpiter demora cerca de 12 anos para dar uma volta completa em torno do Sol, e Saturno 30 anos. Isso daria uma coincidência de 19,5 anos em que eles se aproximam um do outro. Em 1980 teve uma aproximação, no ano 2000 também. Mas agora, em 2020, eles estarão 10 vezes mais próximos do que no ano de 1980, por exemplo. A proximidade vai ser mais ou menos de um quinto do diâmetro da Lua Cheia observada aqui da Terra. Vai ser uma visão emocionante. A última vez em que eles estiveram tão próximos e deu para ver da Terra foi em 1226”, explicou.