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Por Marcio

Artista plástico brasileiro descobre falsificação em loja de rede de molduras

Obra falsificada de Marcelo Kovalev exalta a beleza e cultura de mulheres africanas

Por Marcio

Foto: Marcelo Kovalev - Uso autorizado somente para a imprensa

Após meses de criação e empenho, o artista plástico Marcelo Kovalev viu uma de suas obras ser falsificada. O episódio ocorreu em junho deste ano, após a peça ser impressa e revendida, sem autorzação, em uma loja de molduras em Maceió, capital de Alagoas. A obra em questão faz parte de uma coleção que busca valorizar a cultura e os povos africanos.

Kovalev conta que soube da falsificação por meio de amigos. “Eu comecei a receber denúncias por redes sociais de pessoas que já conhecem meu trabalho e sabem que a obra não estava disponível no meio. Então, começaram a me questionar e a me enviar fotos da obra falsificada”, explica o artista.

A obra falsificada é a “Royal Soul”, pertencente à coleção “Valorizando o desvalorizado”. Com o trabalho, Kovalev pretende exaltar a beleza e cultura africana. Algumas peças já haviam sido comercializadas quando o artista tomou conhecimento da falsificação. “Não apenas eu, mas os compradores de outras edições e galerias nas quais eu exponho o meu trabalho se sentiram lesados. Além do investimento, é uma desvalorização da arte em si”, desabafa o artista.

O processo criativo de uma obra artística leva semanas, segundo Kovalev. Envolve mais do que técnica. O olhar do criador e a mensagem a ser passada com a peça são algumas das preocupações. Por isso, quando uma falsificação acontece, todo o valor de uma obra é perdido. “Para conclusão de um trabalho, posso levar até seis meses. E não estou falando apenas de técnica, mas sobre conceito, da representação de um povo desvalorizado, do valor artístico. O valor desse processo se perde quando a obra é cuspida em uma impressão barata, em minutos”, acredita.

No momento, o episódio de falsificação encontra-se em discussão legal. Para exaltar ainda mais o seu trabalho, Kovalev criou uma nova peça e a chamou de “Don’t copy me”. “A nova obra surge como forma de protesto em se levantar e ser notada. Deste modo, eu trabalhei em enaltecer ainda mais a obra, dando mais destaque para a nova arte”.

Sobre o artista

Marcelo Kovalev assina seu trabalho há pouco menos de 2 anos e tem conseguido ganhar destaque no mercado da arte. Ele procura desenvolver técnicas próprias para a produção de suas obras, como a intervenção digital.

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