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Aplicação de recursos na Saúde representa 15,7% do orçamento, revela secretário

Dr. Renan esteve na Câmara Municipal no último dia 31, para audiência pública sobre o cumprimento das metas da Saúde

Por Redação

Foto: Reprodução/CMI

Da Redação

No último dia 31, ocorreu, na Câmara Municipal de Itatiba, audiência pública sobre os resultados da saúde municipal durante o primeiro quadrimestre de 2021. Na ocasião, o secretário de Saúde, dr. Renan Dias Irabi, fez a demonstração e avaliação do cumprimento das metas no período. A reunião foi comandada por Cornélio da Farmácia (PSDB), presidente da Comissão de Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social.

Os recursos aplicados na Saúde, no 1º quadrimestre de 2021, totalizaram R$ 21,9 milhões (15,7% do orçamento). Já em 2020, no mesmo período, o montante foi de R$ 23,1 milhões (19,5%).

Dr. Renan responde aos vereadores

Durante a audiência, dr. Renan esclareceu dúvidas de vereadores. Luciana Bernardo (PDT) fez os seguintes questionamentos: “O que seria esse monitoramento de casos de covid na atenção básica?  Tem autocrítica da gestão na piora do cenário da covid? Dados apontam diferença de 12 mil entre as doses aplicadas. Por que pessoas não estão indo tomar a segunda dose?” O secretário explicou que “o monitoramento se refere ao contato, principalmente pela vigilância epidemiológica, para verificar durante período de quarentena como eles estão”. Sobre a autocrítica, disse que “enquanto poder público, temos feito o que está ao nosso alcance para diminuir esses casos. Esse é um fator que não depende exclusivamente da Prefeitura. A gente vê falta de preocupação das pessoas, que deixam de usar máscara e frequentam locais com aglomeração, fatores que elevam o número de casos”. Quanto à imunização, afirmou que as pessoas têm ido se vacinar, mas ocorre o atraso da segunda dose. “A gente teve quantidade muito alta de vacinas aplicadas nos últimos dias da AstraZeneca, então essas pessoas serão imunizadas com a segunda dose, de acordo com o calendário, em agosto”, disse o titular da Saúde. 

Igor Húngaro (PDT) perguntou quais medidas efetivas a Secretaria tem feito e disse que “é muito cômodo afirmar que a culpa é da população”. Outras questões foram relativas à execução de procedimentos que constam nos contratos com UPA e Santa Casa. Dr. Renan afirmou que não dá pra fazer comparação tão clara alegando que teve aumento de mortes por conta do início da gestão. “Houve aumento no País inteiro esse ano. Em nenhum momento a Secretaria falou que a culpa é do munícipe. Desde o início a gente tem falado que o controle da doença se faz por ambas as partes”, explicou. Já sobre os exames e procedimentos, informou que a classificação do tempo de espera é feita de acordo com o pedido médico.

Willian Soares (Solidariedade) indagou: “O quanto está se investindo hoje no combate à covid?” O secretário respondeu que foram gastos só com leitos R$ 3,3 milhões, salientando que não têm chegado neste ano verbas relativas à covid, com o município arcando com recursos próprios.    

Juninho Parodi (Avante) pediu maior conscientização nos bairros São Francisco e Nações, que reúnem maior número de pessoas. “A vigilância sanitária poderia fiscalizar mais, ainda é pouco”, disse o vereador. Em resposta, o secretário lembrou que a fiscalização é feita, além da vigilância em saúde, em conjunto com os fiscais da Secretaria de Planejamento e com auxílio da Guarda Municipal. Sobre o trabalho nos bairros, afirmou que “podem ser estudadas outras maneiras, mas que a fiscalização já tem sido feita, inclusive paralelamente com outras doenças”.

Washington Bortolossi (Cidadania) fez os seguintes questionamentos: “Qual o andamento do convênio para aquisição de vacinas com recursos do município?  Embora as receitas estejam maiores, com cerca de R$ 20 milhões a mais, o investimento está bem parecido a 2020, mesmo sabendo que muito tem sido aplicado nos leitos de covid. Ainda sobre o assunto, perguntou sobre disponibilidades de testes para a doença. Washington também pediu esclarecimentos sobre ampliação do serviço de hemodiálise no município e soluções para falta de médicos nos postos de saúde. O secretário respondeu que a Prefeitura teve reunião há três semanas sobre o convênio das vacinas, na qual estavam sendo discutidos valores com diversas empresas que fornecem o imunizante, mas que está parado. Sobre aplicação de recursos, disse que houve gasto maior na saúde. “Os recursos para covid em 2020 foram de R$ 14,4 milhões, e a despesa, de R$ 12,4 milhões (...) desses, R$ 6,6 milhões foram para pagamento de leitos de UTI. Em 2021, a gente teve de recurso para covid R$ 2,5 milhões e pagou R$ 4,7 milhões em leitos, sendo a maior parte com recurso próprio”. Renan afirmou, ainda, que a Secretaria dobrou o número de exames RT-PCR desde o início da gestão. Sobre a questão da hemodiálise, disse que “temos discutido com a Santa Casa como resolver para trazer quatro pacientes que estão fora do município, adquirindo equipamentos ou com terceiro turno de atendimento”. Quanto à falta de médicos, afirmou que “o problema costuma ocorrer no começo do ano, quando os profissionais se afastam, seja por questões salariais, residência médica ou aprovações em concursos com salários maiores”.

Por fim, Carlos Eduardo Franco (Cidadania) comentou a demora em agendar consultas no San Francisco e perguntou quantos exames de ultrassom são feitos por mês. Dr. Renan respondeu que a demora no bairro se deve à falta de um médico, “que inclusive pediu demissão para ir para outro município, com salário maior”. O secretário afirmou, ainda, que são realizados 1,4 mil exames de ultrassom por mês.

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