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Por Redação

Aílton Lira, história de um exímio cobrador de faltas

Histórias da Coluna Reminiscências do Futebol

Por Redação

Por Ariovaldo Izac

Sabe aquele lance de falta nas proximidades da área adversária, quando locutores de futebol diziam que 'dali é meio gol'? Alguns o repetem hoje ignorando que o bordão tinha validade décadas passadas, marcadas por exímios cobradores. Hoje, esses lances foram banalizados, pois o atleta sequer se constrange em colocar a bola bem longe do alvo, ou bloqueada pela barreira.

Três motivos explicam o desperdício dos tais lances: já não se tem cobradores com a especialidade do ex-meia AÍlton Lira; atletas já não se interessam para estender o período normal de treinamentos, a fim de se especializarem no quesito; e paradoxalmente os tais fisiologistas proíbem terminantemente esse exercício de aperfeiçoamento que, outrora, se estendia até o anoitecer.

Há quem cite o discutível argumento dos fisiologistas de o atleta forçar a musculatura com a repetição das cobranças, e isso provocar lesões. Ainda bem que nos tempos de atleta de Aílton Lira havia incentivo de treinadores para o aprimoramento das cobranças de faltas, que faziam uso das barreiras móveis de madeira, na busca da perfeição.

Com isso, Aílton Lira juntava a dádiva natural de bater na bola à persistência nos exercícios, para marcar a carreira com gols mais em cobranças de faltas do que situações naturais. E a história dele no futebol começou quando o saudoso treinador Zé Duarte o descobriu no futebol amador de Araras e o trouxe ao juvenil da Ponte Preta em 1966. Todavia, após a profissionalização, o espaço foi encurtado na equipe principal, porque a concorrência era com ninguém menos que o mestre Dicá. Assim, só pôde ser fixado com a saída do titular na metade de 1972, transferido em definitivo à Portuguesa, após rápido empréstimo ao Santos.

Quis o destino que o mesmo Zé Duarte, ao ingressar no Santos em 1976, o levasse ao clube num time formado por Wilson Quiqueto; Tuca, Vicente, Bianchi e Fernando; Carlos Roberto e Ailton Lira; Manoel Maria, Tata, Toizinho e Edu. Daí, transferiu-se ao São Paulo em 1980, onde ficou por dois anos, transferindo-se ao Al Nassr, da Arábia Saudita.

No regresso ao Brasil em 1982, passou por Guarani, União São João de Araras, Comercial (SP), Portuguesa Santista e Itumbiara (GO). Depois, ainda tentou ser treinador em categorias de base e, em seguida, algumas passagens em equipes profissionais, porém sem prosperar.

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