Agência Nacional da Água alerta sobre queda no volume útil dos reservatórios
O Sistema Cantareira registrou, no último dia 6, o menor volume de armazenamento de água desde a crise hídrica de 2014
Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo
Segundo publicação do Bragança Jornal (BJ), o Sistema Cantareira registrou, no último dia 6, o menor volume de armazenamento de água desde a crise hídrica de 2014. Na ocasião, operava com 52,5% de sua capacidade.
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o volume útil dos reservatórios tem apresentado queda progressiva: Jaguari-Jacareí (56,82%), Atibainha (31,33%), Cachoeira (34,54%) e Paiva Castro (35,61%). A última vez que o Sistema Cantareira entrou em estado de atenção foi em julho de 2018, quando o volume chegou a 39,7%, e operou entre 40% e 60% de sua capacidade total.
Ao BJ, a Sabesp informou que, apesar de queda no volume operacional dos reservatórios do Sistema Cantareira, não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo, mas reforça a necessidade do uso consciente da água em qualquer época do ano. “A projeção da Sabesp aponta que os reservatórios cheguem ao final de abril com níveis satisfatórios para passar pela estiagem (maio a setembro). Porém, mais uma vez, a Companhia reforça a necessidade de uso consciente, em qualquer época do ano”.
Cartilha do PCJ
O Consórcio PCJ lançou a cartilha “Influências do Clima no Sistema Cantareira: cenários para 2021” em fevereiro. O documento alerta para a contínua queda do volume de chuvas e mostra as tendências climáticas para os próximos anos.
A apresentação da cartilha contou com a participação do hidrólogo e professor da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo. Ele explicou que a crise hídrica que atingiu o Cantareira em 2014 é um evento cíclico que ocorre a cada 11 anos, por isso existe a possibilidade de uma nova crise entre os anos de 2025 e 2027.