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Por Thomas

Adeus à rainha e como viver o luto

Por Thomas

Por Tati Petti

    Quando Itatiba celebrava o Dia da Padroeira, N.Sra. do Belém, na quinta-feira dia 8 de setembro, o mundo recebia a notícia da morte da rainha Elizabeth II. A monarca foi a mais longeva da história britânica, completando 70 anos de reinado, e deixou oito netos e doze bisnetos nos seus 96 anos.
     O mundo ficou sentido com a partida dela e também para seus familiares - porque, antes de ser rainha, ela era uma pessoa com família também. Quando a gente sofre com a morte de alguém, seja ser humano ou até animal de estimação, vivemos o luto.
    Às vezes o assunto não é muito tratado nas famílias, porque tem o peso da dor, da tristeza. Quem não fala sobre, pode ser que também não tenha muito bem resolvida esta questão. Só que falar sobre isso pode nos fortalecer emocionalmente para quando tivermos que lidar com a morte de alguém próximo. Afinal, ela faz parte do desenvolvimento de todo o ser humano.
    O funeral -seja enterro ou cremação- é um rito que marca um término e dá espaço importante para que sentimentos do luto, como tristeza e frustração, possam ser vivenciados. Isso é o que diz Filipe Colombini, psicólogo especializado em orientação parental. Um profissional de Psicologia também pode auxiliar dando apoio às crianças e orientação para os adultos.

SEM PERDER

    A maneira da gente se expressar também pode ajudar a deixar o tema mais leve de ser tratado. Temos o costume de dizer que "perdemos" alguém quando essa pessoa morre. Há pouco tempo, ouvi uma pessoa dizer que se “perde” quando não sabe onde está. Quando sabemos onde está -no céu, por exemplo- estamos apenas distantes. E, para quem crê nessa possibilidade, um dia, quando também morrermos, vamos nos encontrar. Então, não perdemos alguém; apenas dizemos adeus, ou até um dia.

O FIO INVISÍVEL

    A palestrante inglesa Patrice Karst escreveu, em 1966, O fio invisível (Caminho Suave - Grupo Editorial Edipro, R$ 59). “Trabalhava fora o dia todo. Quando deixava o meu filho, Elijah, na escolinha, ele chorava tão alto que partia o meu coração. Então, contei a ele o que me parecia óbvio: estávamos sempre ligados por um fio invisível feito de amor. Na verdade, esse fio não apenas nos conectava o dia todo como também nos conectava para sempre - não importava o que acontecesse”, contou a autora.
    Olha que forma bonita de se pensar! Mais uma que nos ajuda a ter um conforto diante da morte, concorda? "– Mas, se não dá para ver, como a gente sabe que ele existe? – perguntou Isabela. – Mesmo que você não consiga ver com os olhos, pode sentir com o coração e saber que sempre estará ligada a todo mundo que você ama" - trecho do livro.

UMA LINDA SAUDADE

    Há muitas maneiras de mergulhar nessa conversa e o livro é um ótimo auxiliar para isso. No livro “Uma linda saudade” (Editora Literare Books International - R$ 39,90), a psicóloga Eduarda Marçal fala da morte de um animalzinho de estimação e das emoções do processo de luto e outros sentimentos. A história é de uma família – pai, mãe e duas filhas - que enfrenta uma aventura emocionante para reencontrar a sua amada gatinha de estimação. Eles lidam com as memórias, sentimentos e a tristeza que acompanha o luto até descobrirem uma maneira de ressignificar a dor e preencher o vazio com amor.

TRANSFORMAÇÕES

    Nos últimos anos, com o coronavírus, muitas famílias ficaram enlutadas com a morte de pessoas queridas. Este é o caso da educadora parental Prisla Tranjan, que escreveu um livro sobre luto para ensinar sobre esse sentimento a seu filho que tinha 2 anos quando a mãe dela - e avó dele - morreu, vítima da Covid-19. Em “Todo Mundo Vira Borboleta” (Much Editora - R$ 54,90), a ideia é mostrar que tudo na vida se transforma - assim como a lagarta - e que essas transformações chegam em todas as áreas de nossa vida. É fato que a ausência é sentida. Falar com seus pais e familiares sobre a saudade é uma forma de acolher o coração partido.

TIPOS DE LUTO

    Outra dica interessante é o livro-caixinha Luto da Criança (Matrix Editora - R$ 40) criado pela psicóloga especialista no assunto Cristiane Assumpção. Nesta coleção de cartas com perguntas e atividades, para crianças de 7 a 12 anos, surge a oportunidade de falar sobre o assunto. Afinal, a melhor maneira de ajudar uma criança enlutada é permitir que ela expresse suas emoções, manter a rotina e realizar atividades que estimulem as boas lembranças da pessoa que morreu. Aliás, sabia que há outros tipos de luto na infância? Mudanças de escola, casa ou cidade, fim de amizades, desaparecimento de animais de estimação e a passagem da infância para adolescência são alguns deles.

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