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ACIC atende convocação de Facesp contra realização de feiras itinerantes

As feiras itinerantes geram impactos não apenas nas vendas dos lojistas locais, mas também oferecem riscos reais em relação à segurança do público

Da Redação

Atendendo uma convocação da Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp), a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), junto com 420 associações comerciais em todo o Estado, participará de uma ofensiva contra as feiras itinerantes, as quais vêm gerando preocupação dos comerciantes, principalmente nas cidades do interior.

As feiras itinerantes geram impactos não apenas nas vendas dos lojistas locais, por meio de uma concorrência desleal, mas também oferecem riscos reais em relação à segurança do público, levando-se em consideração que muitas ocupam espaços que não estão de acordo com a legislação para receber pessoas com segurança.

Modalidade informal

De acordo com o Departamento de Economia da ACIC, as feiras itinerantes, de forma geral, impactam atualmente cerca de 8% do volume diário de vendas formais em Campinas, o que representa um movimento de R$ 45 milhões por dia.

A “invasão” ocorre, principalmente, em datas comemorativas como Dia dos Pais, Dia das Mães ou Natal, o que significa, além de tudo, uma perda pelo município de arrecadação tributária. Os setores que mais arrecadam com isso são o de vestuários, calçados, acessórios e eletrônicos.

Segundo o economista da ACIC, Laerte Martins, no final do ano, o comércio formal de Campinas deixa de vender cerca de R$ 324 milhões por ano, que são movimentados nas feiras itinerantes.

 Segurança

A presidente da ACIC e vice-presidente da Facesp, Adriana Flosi, aponta ainda a questão da segurança nas feiras, “ao reunir um grande número de pessoas em locais provisórios e precários como galpões, terrenos vazios e praças, sem cumprimento de regras do Corpo de Bombeiros relativas às instalações elétricas e proteção contra incêndios, os frequentadores estão correndo risco iminente”.

Adriana ainda lembra que, “caso o consumidor constate defeito, por exemplo, não encontrará ninguém mais para exigir e garantir os direitos previstos pelo Código de Defesa do Consumidor”.

A ACIC conta com apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Campinas e Região (Sindivarejista), do Fórum das Entidades Empresariais da Região de Campinas, da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas (CDL), e do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Campinas e Região (Sindilojas), além de autoridades municipais, o 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros, o Procon e o Ministério Público Estadual.

 

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