‘A pandemia agravou a falta de cuidado com a saúde dos homens’, alerta urologista
Segundo o urologista, muitos homens só vão ao consultório por ‘cobrança’ de filhas, esposas ou namoradas
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Foto: Arquivo pessoal João Paladino
Da Redação
No último dia 15 foi comemorado o Dia do Homem, data criada no Brasil em 1992 com o objetivo de conscientizar e valorizar a procura pela saúde masculina. Segundo o urologista dr. João Paladino, (CRM/SP – 139.656, RQE 50.399), “na cultura brasileira não existe a figura do cuidado masculino e tão menos a cultura de levar o adolescente ao urologista para consulta de rotina, fazendo o contra ponto com que acontece com as mulheres, que passam a ir ao ginecologista ainda adolescentes”.
Neste ano, o Ministério da Saúde está implementando um programa em prol da saúde dos homens, que deve abordar temas frequentes da saúde masculina como: câncer de pênis, testículos, próstata e bexiga, hiperplasia benigna da próstata, fimose, queixas urinárias, entre outras doenças, além de orientações sobre as ISTs. “Isso mostra um movimento de toda a sociedade em valorizar a saúde do homem. Os preconceitos e tabus ainda existem, porém em menor número”, comemora o urologista.
Pandemia
Segundo dr. Paladino, a pandemia apenas agravou a falta de cuidado de alguns homens, pois “os pacientes que já não procuravam auxílio conquistaram mais um argumento para não sair de casa e muitos que realizavam regularmente pararam de fazê-lo. A consequência disso, é um agravamento das condições de saúde tanto em doenças benignas e principalmente, nas oncológicas”.
O médico conta que é frequente em consultórios ou serviços públicos, os homens irem fazer consultas através das “cobranças” de filhas, esposas ou namoradas. Ele alerta ainda, que a importância de procurar um urologista “está no fato deste ser o ‘médico do homem’, pois possui atributos exclusivos em sua formação para abortar alterações fisiológicas e patológicas em toda trajetória de vida masculina”.
