233 objetos explosivos removidos da Fatec Jundiaí serão detonados em SP
Um funcionário do local encontrou uma caixa com os dizeres explosivos e por isso, o Gate foi acionado
Foto: Divulgação
Mais de 230 sinalizadores explosivos de linha férrea que estavam dentro de um pavilhão do Complexo Fepasa, em Jundiaí, entre os prédios da Faculdade Técnica (Fatec) e Poupatempo foram recolhidos e removidos por policiais do Grupo de Ações Táticas (Gate), da Tropa de Choque de São Paulo.
O material foi levado para São Paulo, onde sertão detonados um por um. De acordo com o sargento Clóvis, do Gate, responsável pela operação de remoção do material, “tanto o calor quanto uma queda, por manuseio sem conhecimento, poderia ter provocado uma grande explosão, caso fossem ativados todos de uma só vez, causando inclusive mortes”, disse.
O caso
Um funcionário municipal, que fazia inventário dos bens públicos existentes nos prédios do complexo, no meio da tarde desta quarta-feira (30), encontrou dentro de uma sala uma caixa de madeira contendo objetos que ele considerou suspeitos. O gestor municipal de Segurança, Paulo Sérgio de Lemos Giacomelli Stel, o Jacó, foi acionado, fotografou os objetos e enviou ao 11º Batalhão da PM, responsável pela área. As imagens foram encaminhadas ao Gate, na Capital, que pediu que não fossem removidos até sua chegada. A essa altura, a caixa já havia sido levada para o lado externo pelos funcionários do local.
Cerca de 50 minutos depois uma viatura já estava no local. Após análise, eles constataram que se tratavam de 233 sinalizadores explosivos, em duas caixas. Os objetos, segundo o sargento Clóvis, são usados por maquinistas para sinalizarem a linha férrea. “Esses sinalizadores são presos no trilho, quando já uma obra ou um trem quebrado na linha. Quando outro trem passa por cima dos objetos, que contém pólvora, os sinalizadores explode, avisando o maquinista que ele precisa parar”. A princípio, informação que não possível ser oficialmente checada e confirmada, os sinalizadores não são mais usados.
Os policiais solicitaram então uma quantidade se serragem, suficiente para forrar as caixas com os sinalizadores para impedir que eles se chocassem dentro da viatura e explodisse durante o transporte até São Paulo. Um agente, equipado com uma farda de segurança foi até o local, preparou as caixas e a levou até a viatura. “Assim como qualquer objeto explosivo, os sinalizadores poderiam ter explodido. Se apenas um explodisse, já poderia causar danos, seria perigoso. Mas se ocorresse com todos, a situação seria grave”, comentou Clóvis.
O gestor Jacó disse que a orientação, agora, é para que os funcionários que encontrarem mais sinalizadores ou objetos suspeitos, que não manuseiem e acionem a polícia imediatamente.
Não se sabe, ainda, há quanto tempo esses sinalizadores estavam armazenados no local.
Fonte - Jornal de Jundiaí
